23 de dezembro de 2007

Paranoid Park

Excelente arte e ofício de Gus Van Sant, mais uma vez. Começa mas não acaba - adoro histórias que se libertam do dever de um desenlace, como todas realmente são , na verdade. À medida que o filme avança, aos solavancos dentro da memória de Alex, percebe-se que a culpa é o maior castigo possível e que, depois de instalada, é um buraco negro que engole o mundo todo. E o filme mostra essa convergência imparável, um puto sugado para uma parte de si próprio, e por entre sons e movimentos pouco distintos faz-se a coreografia da solidão.